Evento teve como tema o Ano Internacional da Energia Sustentável e do Cooperativismo, e foi convite para passear por uma nova realidade do uso de recursos naturais e inovações tecnológicas para um planeta mais saudável.

Este ano foi eleito pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) o Ano Internacional da Energia Sustentável e do Cooperativismo. E o Liceu Pasteur não poderia deixar passar em branco dois temas tão importantes para a sociedade mundial. Por isso, a Feira de Ciências, realizada no último dia 19 de maio em suas dependências, foi um verdadeiro convite para conhecer a nova realidade que se desenha ao redor do Planeta para atender às demandas desses dois temas, bem como a importância de se adequar a novos hábitos de vida para a composição de um cenário focado na preservação do Meio Ambiente e em melhores condições de vida para as gerações futuras.

Os alunos do Ensino Fundamental I e II e do Ensino Médio estão desde março mergulhados no tema central da Feira de Ciências, seguindo a sugestão da UNESCO. O que se viu nas salas de aula e laboratórios ocupados pelos 35 grupos de trabalho deixa no ar uma lição de como é possível encontrar alternativas para se aproveitar melhor os recursos naturais e o que o homem é capaz de fazer ao mesclar criatividade e tecnologia para não agredir a natureza.

Alguns assuntos que aparentemente são conhecidos, mas que ainda geram muitas dúvidas de suas aplicações e funcionalidades no dia a dia da sociedade, ganharam atenção extra. É o caso, por exemplo, das energias alternativas como a Eólica, Nuclear, Solar e até das Marés. Muito se fala das possibilidades de substituição de energias que se utilizam de recursos naturais, como a queima do carvão mineral ou do petróleo, por energias que se utilizam apenas do vento, do sol ou da força da água. 

Um grupo de alunos do 9º P levou para dentro da sala de aula uma miniestação de geração de Energia Eólica. Quem passou pelo estande pode ver na prática como pequenas hélices atingidas pelo vento de um secador de cabelo conseguem gerar energia para acender um led. Também havia pequeno histórico de como o homem já usou o vento como aliado em moinhos de água e de grão, e o que se projeta para o futuro com megaestruturas para abastecer cidades, estados e até um país inteiro.

Atualidade – O objetivo das coordenadoras do evento deste ano, as Professoras Vera Lúcia Denser e Maria Helena de Luca Bastos, era mesmo colocar os alunos em contato com propostas atuais para uma revisão do trato com o Meio Ambiente e um futuro com mais qualidade de vida. Também merece destaque a pró-atividade dos pais na participação da elaboração dos trabalhos, principalmente aqueles que têm alunos no Ensino Fundamental I. “Isto aproxima muito o aluno da realidade que ele vive e leva a discussão para dentro de casa”, acredita Vera Lúcia, professora de Biologia do Liceu Pasteur. 

A proposta de seguir a sugestão da UNESCO também faz todo o sentido para se ter alunos antenados ao que realmente está sendo discutido ao redor do mundo. “Como já há um esforço de uma entidade como a UNESCO em elencar assuntos que devem ser vistos com maior atenção, nós seguimos essa linha”, completa Maria Helena, professora de Física do Liceu Pasteur que, ao lado do Professor Jaime Duarte Jr., também avaliou trabalhos ao longo da feira.

A sensibilidade delas estava mesmo correta. Todos os trabalhos foram bastante atuais e aguçavam a curiosidade dos visitantes. Alguns abordaram questões que estão na pauta do dia das discussões sociais, políticas e da indústria, como o uso da sacolinha sustentável, da fabricação de carros híbridos e do cooperativismo na reciclagem, entre outros.

Um grupo de alunas da 1ª Série do Ensino Médio tomou todos os cuidados para mostrar aos interessados a estrutura de uma cooperativa de reciclagem. Fizeram maquetes para mostrar o caminho feito pelos materiais descartados nas nossas casas, passando pelo lixão até as indústrias que reaproveitam o plástico, o vidro, o metal e o papel, além do lixo orgânico. Havia até uma poltrona feita de pneus, que mostrou que criatividade ajuda muito na reciclagem de qualquer objeto, e ainda serviu de descanso para quem passava por lá.

Já os alunos do 6º ano mostraram quais são as alternativas para substituição da sacolinha plástica, tão comum no dia a dia das pessoas e que passou a ser um assunto muito debatido recentemente, quando houve a proibição de distribuição destas sacolinhas em supermercados e centros varejistas. O mais interessante é notar que, realmente, há alternativas e que, com boa vontade, é possível reduzir o impacto do plástico, que ainda é descartado em grande escala.

Para mostrar como já estão adiantadas as indústrias automobilísticas na questão de carros verdes, ou seja, com menor impacto ao Meio Ambiente, os alunos do 8º ano levaram miniaturas de carros que exemplificavam o modo como a Mecânica pode ser adaptada para uso de combustíveis naturais e energia elétrica de forma conjunta, que é aplicada no carro híbrido. Nas ruas, já é possível ver alguns modelos de ônibus que combinam as energias e são exemplos do sucesso dessa alternativa.

Um dos visitantes da Feira de Ciências deste ano foi Rui Cesar Publio Borges Corrêa. Ele é pai de três alunos do Liceu Pasteur e também é ex-aluno. Ele se mostrou bastante impressionado pela qualidade dos trabalhos e, é claro, pela dedicação que os filhos Veridiana, de oito anos, Marco Aurélio, de 10 anos, e Maria Eugênia, de 11 anos, tiveram para elaborar suas apresentações. “Ao longo dos últimos três meses, foi um movimento grande dos três para que tudo saísse certinho. E nós acabamos participando”, revela Rui, que hoje é Juiz do Trabalho e enalteceu a importância do Liceu para sua formação. “Tudo o que sei hoje devo ao Liceu Pasteur”, sublinha o pai orgulhoso, que faz questão de estar sempre presente nos eventos extracurriculares programados pela escola. E ele é apenas um dos pais que correram para cá e para lá para que os filhos fizessem bonito em mais uma edição da Feira de Ciências do Liceu Pasteur.

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