Liceu Pasteur - Ensino Médio, Fundamental

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Reportagens - 30/08/2017

Quando a Química não é um bicho de sete cabeças

Ex-alunos do Liceu Pasteur são exemplos de como é possível encarar disciplinas aparentemente mais complicadas com ajuda de professores qualificados e estrutura da Instituição.

 Ao longo da vida escolar algumas disciplinas são pedras no sapato dos alunos. É verdade também que há aqueles estudantes que preferem as matérias do universo de Humanas e outros que têm melhor desempenho nas Ciências Exatas. Mas, certamente, todos sabem muito bem que há certa unanimidade de que não é tarefa fácil encarar, por exemplo, as aulas de Química já no final do Ensino Fundamental II. 

  No Liceu Pasteur, os alunos começam a ter as primeiras aulas da disciplina no 9º Ano do Ensino Fundamental II com a professora Maria Luiza Villa. Ela os acompanha até o final da 1ª Série do Ensino Médio, quando entra em cena o professor Luiz Carlos Victoracio, que leciona a matéria até o final da 3ª Série do Ensino Médio. E muito por “culpa” dessa dupla, os alunos do Liceu Pasteur parecem que enfrentam de forma muito mais tranquila as dificuldades da disciplina, que vão muito além de decorar a Tabela Periódica.

O sucesso que os dois professores fazem perante seus alunos explica o motivo, inclusive, de parte deles escolherem seguir na carreira Química, Bioquímica ou Engenharia Química. É o caso de Maria Julia Pinto Gonçalves de Souza, que está cursando o segundo semestre de Química na USP, de Renan dos Reis Hernandes, que está cursando o segundo semestre de Engenharia Química na USP, e de Viviane Hanada Meinerz, que está em seu último ano de Engenharia Química na Unicamp.

 
 
Os três ex-alunos do Liceu Pasteur lembram bem os motivos que os fizeram seguir por áreas voltada à Química. Reforçam que tudo começa com a extrema didática da professora Maria Luiza. “Logo nos primeiros dias, eu faço uma pergunta a eles: falem de algo do seu dia a dia que não tem algo de Química no processo?”, revela a professora. E ela sabe bem a resposta, pois tudo o que fazemos, até mesmo o ato de respirar, envolve algum processo químico. “Com isso, eu consigo mostrar a eles que é importante a teoria, a parte dos cálculos e até mesmo decorar um ou outro elemento. Mas a prática e o dia a dia são muito didáticos. Isso facilita muito no pensamento e na resolução de problemas durante as minhas aulas e na sequência da formação”, completa a professora, que está no Liceu Pasteur desde 1991 e traz na bagagem a formação em Química e Química Industrial, além de atuação na área de Bioquímica como pesquisadora da Escola Paulista de Medicina. A professora Maria Luiza também atua junto aos alunos do Ensino Médio com as aulas de Laboratório.  
 
 

A partir da 2ª Série do Ensino Médio entra em cena o professor Luiz Carlos. Ele também é um dos que conseguem usar muito de seu conhecimento acadêmico e profissional na didática das aulas. Atua há 30 anos na Polícia Científica do Estado de São Paulo e tem formação em Química e Engenharia Química.

Por estar mais próximo da reta final da formação escolar do aluno, o contato do professor Luiz Carlos também acontece fora da sala de aula. Ele participa ativamente do momento da escolha dos alunos da profissão a seguir. “Eu tenho que dar continuidade no trabalho feito até o momento, mas ir um pouco mais a fundo na matéria e ainda ter cuidado para não tirar possíveis talentos da área ao não deixar algo entendido ou mais difícil do que parece. Para isso, é importante ter cuidado e sentir quem tem mais afinidade com cálculos e que seria feliz seguindo na área”, explica o professor, que já leciona há 25 anos e está na sua segunda passagem no Liceu Pasteur.

Maria Julia, Renan e Viviane concordam que a reta final da escolha é muito influenciada pela forma como o professor Luiz Carlos conduz as aulas, além do contato com o Laboratório que mostra ainda mais na prática as nuances da Química. Maria Julia tinha algumas referências em casa, pois o avô era químico e a mãe é médica, o que sempre a estimulou a estar mais próxima da disciplina. Mas Renan, por exemplo, tem pais advogados e lembra que chegou a pensar em ir por esta área. “Mas eu não seria feliz, não é minha praia. E as monitorias com os professores e todo o cuidado em mostrar as possibilidades das áreas, como Engenharia, fizeram eu ter certeza que meu caminho era pelo mundo das Ciências Exatas. Entrei em Engenharia Química e hoje estou muito satisfeito pela escolha”, complementa Renan.


Viviane, que já está no último ano de Engenharia Química na Unicamp, reforça que há muito campo de atuação. Hoje, ela já atua em uma empresa de embalagem na parte de análises de materiais, que dá suporte para área de vendas. “Eu volto no tempo e lembro como as aulas do Liceu Pasteur me influenciaram na escolha. Também recordo de como o que aprendi ainda no Ensino Médio me ajudou a ir ainda melhor durante todo o período da universidade”, revela Viviane.

Maria Julia também já utilizou os conhecimentos adquiridos no Liceu Pasteur nos primeiros meses de USP. Ela conta sobre um trabalho que teria de realizar em grupo, no qual era preciso fazer registros de processos realizados no Laboratório. “Foi quando me lembrei de que tínhamos feito os mesmos processos no Liceu Pasteur. Levei para meus amigos, que ficaram impressionados de eu ter tido contato com algo daquele tipo no colégio. É importante ressaltar que a estrutura e as aulas no Laboratório são muito marcantes no Liceu Pasteur. Temos total estrutura, acima de muito o que se vê em outras instituições. Isso marca o aluno e, quem segue pela área, terá mesmo um pouco mais de facilidade na absorção de conhecimento, mesmo que na Universidade”, conclui Maria Julia, que também abriu formação em Licenciatura e já dá algumas aulas particulares para os mais novatos.

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