Liceu Pasteur - Ensino Médio, Fundamental

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Reportagens - 23/11/2011

Talento na ponta do lápis

Malthus Barbosa Marzola é aluno do 5º ano do Liceu Pasteur e um verdadeiro talento na arte de desenhar. Mais recentemente, ele também ganhou status de escritor ao publicar livro infantil que está à venda pelas livrarias do País.

  Malthus Barbosa Marzola é aluno do 5º ano do Ensino Fundamental do Liceu Pasteur. Aos 10 anos de idade, ele já chama a atenção dos colegas de escola e de todos aqueles que conhecem um pouco do seu talento, pois é desenhista nato. Com o lápis e borracha nas mãos, coloca no papel toda a sua criatividade ao criar personagens próprios com uma rapidez surpreendente. Transforma as ideias aventureiras, inerente a garotos da sua faixa etária, em histórias bem arranjadas. E, com o dom para o desenho, dá vida aos seus pensamentos. Sua habilidade, aliás, pode ser constatada no seu primeiro livro, publicado recentemente pela Editora Barbara, com o título Salvo pelo Bongo. A obra vai além de uma história infantil: é a prova de que Malthus é mesmo um prodígio quando o assunto é desenhar e escrever.

No colégio, Malthus Marzola já é uma espécie de celebridade. Não poderia ser diferente, ao verem que o livro Salvo pelo Bongo está à venda em diversas livrarias do País. Ele conta que é questionado por outros alunos sobre como é possível ter conseguido publicar um livro ainda tão jovem. A resposta de Malthus é bem simplista, até mesmo pela naturalidade com a qual vê seu próprio talento. Diz que foi apenas bolar a história e desenhar. Mas a verdade é que ele parece ter nascido para isso e, claro, contou com o apoio incondicional da família.

Foi com seu tio Américo Simões, que também é escritor, que desenvolveu ainda mais a arte do desenho e conseguiu dar lógica para suas histórias. Também credita às aulas de gramática o conhecimento necessário para escrever o roteiro e cada fala dos personagens. Conta que esse primeiro livro foi elaborado ao longo de dois anos, dos quais dedicou a primeira parte do tempo no enredo, para depois encaixar os personagens. O protagonista é ocachorro Bongo, inspirado no famoso cão Scooby-Doo, e que ajuda o primo a procurar por um dentista para curar um dente que lhe causa muita dor. No meio da história, descobrem que estavam sendo enganados por um farsante e vão atrás de outro profissional. No desenrolar da história, Bongo e seu primo conseguem resolver a situação e, de quebra, Bongo ainda arruma uma bela namorada. “Pretendo dar continuidade às histórias do Bongo, criando novas situações dele e sua turma. Já estou criando um novo livro, mas ainda não tem nome”, antecipa o jovem escritor.  
 
  Malthus Marzola lembra que começou a dar as primeiras rabiscadas ainda com dois anos. Seus pais notaram a qualidade de suas rasuras e apoiaram o filho na busca de informações para qualificar ainda mais seus desenhos. Um dos presentes que ele lembra que ganhou de Natal, e que lhe ajudou bastante, foi um livro de mangá, com desenhos em estilo japonês, para que colorisse e observasse as formas. “No começo, eu sabia só desenhar o rosto, mesmo assim meio que desproporcional”, lembra. Foi também seu tio que lhe deu as aulas técnicas que ajudaram a dar a proporção ideal aos desenhos. E o garoto fez bem a lição de casa. Tanto que, ao ver Malthus iniciar cada desenho, fica claro que ele aprendeu diretinho, pois são raras as vezes que ele volta atrás e apaga algum traço colocado no papel.

Nas horas vagas, Malthus diz que assiste bastante a desenhos animados na TV. Inclusive cita alguns que servem como fonte de inspiração como Pokémon, Dragon Ball Z e Ben 10, entre outros. Ainda deixa escapar que, além da continuidade das histórias de Bongo, está com mais um personagem prontinho para sair do forno: o Capitão Camisa. Ainda em tom de segredo, ele revela que o Capitão Camisa é um super-herói e que foi inspirado numa situação que ele mesmo viveu. “Um dia, brincando com meu pai, coloquei uma camisa minha como capa de super-herói. Vi que aquilo poderia render um personagem e coloquei no papel”, conta. Mas tentar arrancar mais detalhes de Malthus agora não é tarefa fácil. Seus leitores que aguardem.

  Futuro – Apesar de toda sua habilidade como desenhista, o jovem artista não pretende fazer do seu talento uma profissão. Ele nem titubeia em dizer que seu desejo é ser médico. E vai além: “Quero ser geneticista”, frisa. Pela sua idade, é muito interessante ver como ele tem plena consciência do que quer. É ele mesmo quem explica que o Geneticista é o médico especialista em inseminação artificial. “Gosto muito de estudar ciências e o corpo humano”, justifica.

Malthus está há três anos no Liceu Pasteur e outra disciplina que está entre as preferidas é a matemática. Mesmo sem saber, ele mostra mesmo uma noção impressionante em geometria quando começa a esboçar seus desenhos. Mas, pelo visto, ele deve mesmo manter seu talento como um passatempo. “Desenhar é um lazer para mim. Quero manter isso apenas como um hobby”, conclui.

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